A casa pós-COVID se autolimpa, desinfeta e cuida da sua saúde

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Raramente vivemos episódios com implicações tão diversas como as desta crise de saúde e suas consequências posteriores: um choque socioeconômico sem precedentes. A agressividade da pandemia e sua disseminação para outras atividades além do campo da saúde colocou a maior parte do tecido produtivo global em xeque.

O desenho industrial, a arquitetura e o design de interiores vêm em nosso auxílio criando, com uma rapidez nunca antes vista, ambientes que nos permitem viver melhor, mais seguros e adaptados às novas circunstâncias. Em nível residencial, vamos experimentar uma revolução e depois de tudo isso, nossas casas, assim como nós mesmos, serão diferentes. A maior mudança nestes dias de contágio e paranoia perante qualquer contato virá da desinfecção de espaços e superfícies. Apresentamos cinco soluções que vão mudar a sua casa em pouco tempo. Literalmente, a casa do futuro é autolimpante e desinfetante para ser um espaço mais saudável.

Materiais inteligentes (e muito limpos)
Paredes e pisos com autolimpeza pareciam uma utopia de filmes futuristas, mas a pandemia acelerou seu processo de comercialização e eles virão para ficar. Por exemplo, os tapetes e carpetes da Forbo removem a maior parte da umidade e sujeira dos sapatos e a Tante Lotte já conta com painéis de lã autolimpantes. Para pisos e paredes, a Sicis criou o Vetrite, uma placa de vidro antibacteriana, como alças e grades, também vão evoluir para nos manter seguros. Outro bom exemplo são as maçanetas criadas por Kin Pong Li e Sum Ming Wong, que se autoesterilizam com dióxido de titânio e luz ultravioleta. Os têxteis também viverão sua própria revolução para serem livres de bactérias, além de sustentáveis e éticos.

Tecnologia touchless: não toque, obrigado
Até que os cartões contactless se tornassem populares, era estranho para nós não ter que encostar, inclinar-se ou tocar superfícies para fazer transações bancárias. A obsessão em reduzir a possibilidade de contágio tem levado outros ambientes a aderir a essa tecnologia. A Proxy criou um sistema de abertura de portas via Bluetooth e outros tipos de interações sem contato graças a uma identidade virtual para seus usuários que os dispositivos reconhecem.

A interação por voz e os sensores de movimento também serão grandes tendências. A Alexa não ficará mais sozinha em casa... Muitos eletrodomésticos serão ativados por ela ou com comandos de voz diretos, inclusive até obedecerão a comandos dados por movimentos simples. A Sharp apresentou na CES 2020 o micro-ondas IoT Easy Wave Open Microwave, com abertura por detecção de movimento.

Para um ar mais limpo
Agora que a OMS reconheceu que o vírus pode ser transmitido pelo ar, especialmente em espaços fechados, os sistemas de purificação do ar se tornarão indispensáveis. Algumas marcas se adiantaram e desenvolveram soluções acessíveis para uso doméstico. É o caso do Mint, um purificador de ar compacto bastante popular que utiliza um sistema de purificação híbrido com oxigênio ativo e íons negativos, capaz de eliminar 99,9% de fungos, bactérias e vírus. Suas dimensões reduzidas permitem que sejam facilmente transportados e guardados. O mercado de purificadores de ar deve evoluir para a casa dos US$ 8 trilhões em quatro anos.

Armários autolimpantes
Ter roupas em perfeitas condições já não será mais um problema. Os armários vão incorporar um gadget de limpeza de tecidos como o Pura Case, capaz de informar por meio de aplicativo quando as roupas estão 100% higienizadas. Feito de materiais sustentáveis, este purificador portátil usa ozônio para eliminar a maioria dos microorganismos, bactérias e vírus das roupas. É uma solução prática, eficaz e acessível.

Os fabricantes de guarda-roupas e closets premium não querem ficar para trás e estão incorporando todos os tipos de sistemas em seus produtos. O nível de sofisticação não conhece limites nesta nova guerra contra os microorganismos. Nanotecnologia, lâmpadas de raios ultravioleta de última geração e até peróxido de hidrogênio são incorporados aos novos designs para que nossas roupas fiquem livres de qualquer substância indesejável.

Minieletrodomésticos higienizadores
Quando o robô aspirador de pó Roomba foi lançado, parecia ficção científica. Hoje, a busca pela desinfecção de superfícies criou novas necessidades. Entre elas, a de sentir-se seguro nos ambientes que habitamos sabendo que não há vírus ou outros microorganismos nocivos. Dispositivos como o sanitizante Cleansebot, da Sendowtek, dão uma resposta muito eficaz na eliminação de bactérias de colchões e roupa de cama. Foi projetado para se mover pela cama sem cair e incorpora uma tecnologia mista com luz UV e UV-C. Também pode ser usado no modo manual para higienizar objetos como tábuas de passar roupa e brinquedos.

fonte: Casa Vogue, escrita por Germán Jimenez

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